Missões Jesuíticas de Chiquitos "Bolivia"
por Valmir Roza Lima
Há muito tempo atrás, tentando restaurar uma igreja no interior da Bolivia, os trabalhadores, estavam intrigados, pois as medidas externas não coincidiam com as medidas internas da tal igreja.
Depois de muito investigar, chegaram a uma parede falsa, que escondia entre muitos documentos antigos, cerca de 5.000 partituras de músicas sacras antigas.
Intensificaram´se as investigações e começaram a descobrir tesouros musicais e memórias do tempo das missões Jesuíticas que tiveram seu auge nos séculos 17 e 18 com o objetivo de converter os indígenas ao cristianismo.
Apesar que contrabandear documentos da Espanha pras colônias na America pra que não caíssem em mãos inimigas fosse uma prática comum na época, acredita-se que essas músicas tenham vindo da Argentina e tem a ver com um padre compositor que veio da Italia, " Domenico Zipoli", cuja vida está repleta de aventuras e mistérios.
As Missões de Chiquitos são um conjunto de 6 cidadelas em povoados no meio da selva Boliviana,que foram reconhecidas pela Unesco como autenticas missões Jesuíticas e um tanto que, ou não foram reconhecidas ou estão em processo de restauração.
Apesar que contrabandear documentos da Espanha pras colônias na America pra que não caíssem em mãos inimigas fosse uma prática comum na época, acredita-se que essas músicas tenham vindo da Argentina e tem a ver com um padre compositor que veio da Italia, " Domenico Zipoli", cuja vida está repleta de aventuras e mistérios.
As Missões de Chiquitos são um conjunto de 6 cidadelas em povoados no meio da selva Boliviana,que foram reconhecidas pela Unesco como autenticas missões Jesuíticas e um tanto que, ou não foram reconhecidas ou estão em processo de restauração.
Em 2017, eu e minha companheira Sandrinha, partimos pra lá, pra ver essa história de perto.
Diz-se que o nome Chiquitos tem origem no fato de os conquistadores Europeus ao chegarem na região e verem as casas baixas e as portas pequenas, achavam que seus moradores fossem pessoas de pequena estatura. E eram mesmo.
Para chegar em Chiquitos, teríamos de ir primeiro à Santa Cruz de la Sierra.
Eu e a Sandrinha chegamos à Santa Cruz de avião e ficamos uns dois dias perambulando pela cidade e colhendo informações sobre Chiquitos.
O plano era o seguinte, iríamos a algumas cidades de Chiquitos pra conhecer as Missões Jesuiticas e os povoados e depois iríamos pra Cochabamba, conhecer um lugar que ainda não conhecíamos e depois iríamos pra Oruro .
Em Oruro nós descansaríamos, eu compraria uma bicicleta e iria de trem até a fronteira da Argentina e desceria pela pela ruta 9 de bicicleta, passaria pela Quebrada, até Salta pra rever os amigos, cruzaria o Paraguay e voltaria ao Brasil. E a Sandrinha iria de ônibus de Oruro pra Santa Cruz , e depois voltaria pro Brasil.
Pois bem, partimos pra primeira cidade da Chiquitânia"San Jose Chiquitos".
Saímos de Santa Cruz num ônibus pela manhã e chegamos em San Jose pelo começo da tarde.
De todas as grandes igrejas que compõe o conjunto de missões em várias cidades, San Jose é a única construída em pedra, cal e areia, todas as outras são de madeira.
Conjunto arquitetônico admirável e diferente das referencias que nós tínhamos da arquitetura dos jesuítas.Essa região toda realiza de dois em dois anos um festival de música sacra, e vem gente de vários países tocar e conhecer os grupos de música locais que executam as tais músicas perdidas.
Mas na época do festival fica tudo muito confuso, pois vem gente do mundo todo, e a hospedagem fica mais difícil e tudo fica mais caro.
O bom mesmo é conhecer essas cidades, como nós estamos fazendo, na calma conversando com os locais e visitando as igrejas e as antigas escolas de música, afinal estou no interior da Bolívia e quero ver o povo do lugar e não assistir Alemães e Belgas tocando violino.
O folclore, ou a cultura tradicional dessa gente é muito mais importante.
Viagem tensa de noite no meio da selva, com um brasileiro babaca querendo nos intimidar, mas eu respondi a altura e ele recuou e não quis tentar a sorte.
Vários passageiros suspeitos numa região esquecida pelo governo, parecia filme, eu e a Sandrinha viajamos o tempo todo cada qual com o seu canivete aberto na mão, atentos à tudo....qualquer espirro de algum passageiro já era um alerta.
Graças a Deus, chegamos bem a San Inácio sãos e salvos.
Cidade pequena, muitas informações sobre folclore, comedor barato, tudo de bom.
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